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Qual a sua história?

Atualizado: 22 de set. de 2020


Todos os anos, milhares de pessoas tentam um visto de trabalho para viver e trabalhar nos Estados

Unidos. Se os objetivos são os mesmos, os motivos, por outro lado, podem ser bem diferentes. Veja a história de Bruno Lima, piloto de uma companhia aérea do Oriente Médio, que está no final do processo para a conquista do EB2 - NIW.


“Sou piloto de linha aérea, trabalho em uma empresa no Oriente Médio, já há 15 anos. Antes, no Brasil, voava pela Varig. Já morávamos fora há 11 anos, quando tivemos a ideia de viajar para os Estados Unidos. Tenho três filhos: uma filha de um primeiro casamento, Bruna, e outros dois, gêmeos, Caio e Theo, fruto do segundo casamento. Um dos meus filhos, o Theo, com 2 anos de idade mais ou menos, começou a apresentar alguns sintomas de autismo. Ainda no Oriente Médio, procuramos assistência, terapias, tudo que pudesse ajudá-lo, mas achamos que estava um pouco restrito para o caso dele especificamente. Então, começamos a pesquisar pelo mundo onde seria o melhor lugar, onde poderíamos prover a assistência necessária e chegamos aos Estados Unidos, um país que é referência em termos de pesquisas e terapias para o autismo.

Assim, optamos pela escolha de viver temporariamente nos Estados Unidos como estudante e acompanhantes, uma vez que minha esposa estava com a intenção de continuar seus estudos no país. Assim, em 2017, ela entrou no país, juntamente com meus filhos, com o visto de estudante: ela entrou com F1 e eles, dependentes dela, entraram com o F2. Escolhemos a Flórida, onde encontramos uma escola e um centro de terapia fantástico, numa cidade chamada Jupiter, localizada no sul do estado, região onde minha esposa estuda e onde o Theo está matriculado, estuda e tem as sessões de terapia até hoje. Só que nós tínhamos um problema, eu não poderia ficar com eles uma vez que o meu emprego ainda era no Oriente Médio e eu não tinha autorização para trabalhar nos Estados Unidos. Acabamos tendo que separar a família.

Até então, a família estava separada, eu no Oriente Médio e minha esposa com meus dois filhos aqui nos Estados Unidos. Sempre que conseguia juntar algumas folgas, eu vinha passar uns dias, uma semana. Com o passar do tempo, foi ficando difícil levar essa rotina. Então eu decidi dar início ao processo de solicitação de visto imigratório profissional com base nas minhas qualificações como piloto comercial.

Durante a conversa com um amigo do curso que a minha esposa fazia, surgiu uma conversa de por que não tentávamos um visto de trabalho. Minha esposa explicou que não tinha uma expectativa de aplicação do Green Card na nossa situação, porque precisava de um empregador aqui nos Estados Unidos. Ele, então, disse que existia sim essa possibilidade através de um visto de trabalho, que seria o EB2, desde que os planos de trabalho nos Estados Unidos estivessem dentro do interesse nacional do país.

A montagem do processo exige a coleta de vários documentos pessoais e profissionais, especialmente documentos de comprovação da sua especialidade. Eu tenho experiência em instrução de voo, gerência de treinamento, tive a oportunidade de voar em duas frotas diferentes nesta companhia. No final das contas, tudo isso contribuiu para enriquecer o meu currículo e, consequentemente, o meu processo de imigração para os Estados Unidos. Ajudou também o fato de eu ser qualificado pelo FAA, que é o órgão de regulamentação da aviação civil nos Estados Unidos.

Além destes documentos, também precisei solicitar outros documentos como cartas de referência de profissionais qualificados em minha área e, por sorte, ainda mantenho contato como colegas, como o diretor de operações da época que trabalhei na Varig. Coincidentemente ele também estava voando na mesma companhia na época e, muito gentilmente, concedeu uma dessas cartas de referência. Como eu não tenho uma variedade muito grande de empresas na minha trajetória, isso acabou me ajudando a obter referência de todas essas empresas de forma rápida.

Depois foi preciso fazer a atualização e tradução destes documentos. Como três quartos das empresas onde trabalhei são internacionais, praticamente todos os meus documentos já estavam em inglês. Esse ajunte de documentação demorou mais ou menos 8 meses, junto com a confecção do processo em si. Tive a aprovação da minha qualificação para o visto EB2 dentro do interesse americano no dia 04 de fevereiro e agora espero a última fase, a entrevista, para que então eu e minha família possamos receber o visto imigratório e nos tornarmos residentes dos Estados Unidos.”

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