Trump Altera Teste de Cidadania dos EUA

A administração Trump anunciou mudanças no teste de cidadania dos Estados Unidos, restabelecendo a versão revisada em 2020, que havia sido substituída pelo governo Biden em 2021. Segundo o Serviço de Cidadania e Imigração (USCIS), o objetivo é “avaliar melhor o conhecimento dos candidatos sobre a história e o governo norte-americano”.

O novo exame de 2025 retomará o formato de 2020, ampliando o número de perguntas possíveis de 100 para 128. Para ser aprovado, o candidato deverá acertar pelo menos 12 das 20 perguntas feitas, mantendo-se o mesmo critério de aprovação anterior. Os examinadores, porém, poderão encerrar a prova assim que o candidato atingir 12 acertos ou 9 erros.

De acordo com o USCIS, a nova versão inclui temas essenciais para a compreensão da história e da estrutura política dos Estados Unidos. Entre as perguntas estão: “Cite uma das funções da Constituição dos EUA”, “Por que os Estados Unidos entraram na Primeira Guerra Mundial?” e “Cite um exemplo de inovação americana.”

Para o porta-voz do USCIS, Matthew Tragesser, “a cidadania americana é a mais sagrada do mundo e deve ser reservada apenas àqueles que abraçam plenamente os valores e princípios da nação”. Ele destacou que garantir a naturalização apenas a quem comprova domínio do inglês e entendimento do sistema de governo assegura que os novos cidadãos “estejam plenamente integrados e contribuam para a grandeza dos Estados Unidos”.

O teste é aplicado oralmente a estrangeiros que solicitam a naturalização e pode ser realizado duas vezes. Caso o candidato reprove em ambas, o pedido é negado. Em 2024, mais de 94% dos candidatos foram aprovados.

O exame pode ser feito em outro idioma apenas em situações específicas, como para residentes permanentes com mais de 50 anos e pelo menos 20 anos de residência nos EUA.

Desde o retorno de Donald Trump à presidência, o USCIS vem implementando medidas mais rigorosas de verificação e novas diretrizes para avaliar o caráter moral e as contribuições sociais dos candidatos. A agência também retomou investigações locais e reforçou que votar ilegalmente ou declarar falsamente cidadania americana impede a concessão da naturalização.