Diante da crescente pressão política relacionada ao influxo de migrantes na fronteira sul dos EUA, o presidente Joe Biden assinou uma ordem executiva na terça-feira (4) que interromperá temporariamente os pedidos de asilo quando o número médio de encontros diários atingir 2.500 entre os portos oficiais de entrada. Esta medida entra em vigor à meia-noite desta terça-feira. Ao atingir o limite estabelecido, o processamento de pedidos será suspenso e reaberto apenas quando o número cair para 1.500 durante sete dias consecutivos, e os migrantes poderão retornar duas semanas depois desse período.
Biden anunciou que a nova ordem executiva impedirá migrantes de cruzarem a fronteira ilegalmente de procurar asilo, uma vez atingido o limite diário. Também reafirmou seu compromisso com os direitos dos imigrantes, destacando que jamais demonizaria imigrantes ou separaria crianças de suas famílias na fronteira.
A ordem executiva terá algumas exceções, incluindo para crianças desacompanhadas. Karoline Leavett, porta-voz da campanha de Donald Trump, criticou a exceção, afirmando que ela daria "luz verde aos traficantes de crianças e traficantes sexuais". Em 2018, o governo Trump tentou decretar restrições fronteiriças semelhantes, mas os tribunais as bloquearam.
Além disso, a ordem determina que migrantes que chegarem à fronteira, mas não expressarem medo ou afirmarem sofrer perseguição em seus países de origem, serão imediatamente expulsos dos EUA, podendo ser-lhes imposta uma proibição de tentar entrar novamente nos EUA por cinco anos.
Biden afirmou que esta ação ajudará a recuperar o controle da fronteira e a restaurar a ordem do processo. Ele criticou o Partido Republicano por não ter aprovado a reforma bipartidária da imigração e pediu paciência aos críticos de sua ação.
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